quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Dirigentes começam a serem presos por escândalo do Doping no atletismo


Segue noticia publicada no UOL do que pode ser um dos maiores escândalos de todos os tempos no esporte. Infelizmente não basta testar os atletas, ainda temos dirigentes que mantem o esporte sujo, em nome da imagem e do dinheiro. Além do atletismo, creio que seria bom ver um limpeza em outros esportes, que também estão imersos no mundo do doping.

Agora resta saber quem seriam os atletas pegos, e ocultados....

Ex-presidente da IAAF é preso em escândalo de doping no atletismo

Do UOL, em São Paulo
04/11/2015 - 09h00

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Jonathan Ferrey/Getty Images

Diack é investigado por comandar esquema que ignorava casos de doping na modalidade

O ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o senegalês Lamine Diack, foi preso em Paris acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em esquema que escondia resultados de exames de dopagem na modalidade. A informação é da rede de notícias AFP.

Diack teria recebido dinheiro para adiar sanções contra velocistas russos.

O dirigente era investigado há pelo menos quatro meses. A pressão sobre Diack aumentou após reportagem realizada em agosto pela televisão pública alemã "ARD" com o jornal "Sunday Times". A matéria acusa a IAAF de encobrir a maior parte dos casos de doping na modalidade, julgando ou punindo apenas um terço dos atletas flagrados em exames.

A reportagem se baseia em uma lista de 12 mil exames antidoping, sobre um total de 5 mil atletas, correspondentes ao período entre 2001 e 2012 e contidos no banco de dados da IAAF. De acordo com as análises, não houve medidas contra a maioria dos suspeitos, entre os quais se encontram campeões olímpicos e mundiais.

Dez ganhadores de medalhas de ouro nos Jogos de Londres-2012 estariam entre os flagrados. Em algumas provas, todos os atletas que subiram ao pódio integram a lista suspeita. Os veículos não informaram o nome dos atletas que tiveram resultados suspeitos, mas ressaltam que o jamaicano Usain Bolt, uma das maiores estrelas do esporte, não está entre eles.

Foram abertos procedimentos ou aplicadas punições em apenas um terço dos casos. Os dois terços restantes não sofreram nenhuma consequência, afirma a "ARD". A Rússia é apontada como o país com mais atletas com resultados suspeitos. 

Diack deixou o comando da Federação Internacional de Atletismo em agosto, após 16 anos à frente da entidade.

Brasil evolui nas provas de campo e vê subir número de medalhas no Mundial Paralímpico de Atletismo

Por Ivo Felipe - Fonte: CPB - Comitê Paralimpico Brasileiro

Os atletas das provas de campo da Seleção Brasileira de atletismo paralímpico roubaram a cena no Mundial de Doha, encerrado no último sábado, dia 31. Somente dois anos depois de ganharem sete medalhas em Lyon-2013, a equipe comandada pelo técnico nacional de lançamentos do Comitê Paralímpico Brasileiro, João Paulo Alves da Cunha, evoluiu para 11 conquistas no Oriente Médio: um ouro, quatro pratas e seis bronzes.

O número total de pódios representa quase um terço dos 35 atletas medalhistas do Brasil no Catar. João Paulo credita o bom desempenho à massificação da modalidade. Ao todo, 13 atletas das provas de campo compuseram a delegação verde e amarela neste Mundial. Destes, dez voltarão ao menos com uma medalha.

“A melhora no nosso desempenho no campo era algo esperado, sim, porque o número de praticantes com qualidade técnica aumentou bastante. Aqui, em Doha, foram 13. É um número muito expressivo. Conseguimos convocar atletas em condições de colocar-nos no pódio. Todas as mulheres da delegação conseguiram medalhas. No masculino, foram sete atletas e quatro medalhistas. Um excelente resultado”, disse João Paulo. “Vamos um pouquinho além para que isso aconteça no Rio também”, completou o treinador.

A mais experiente do grupo dos lançadores brasileiros é Shirlene Coelho. Campeã paralímpica e bicampeã mundial do lançamento de dardo, F37, a brasiliense planeja manter-se soberana em sua classe. Mas já prevê que suas rivais irão se aproximar ainda mais até os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

“Este Mundial foi espetacular. Minhas adversárias vêm crescendo muito, então preciso continuar trabalhando bastante e sempre de olho nelas. Em 2016, vão querer tomar nossas medalhas, mas, de novo, vou trabalhar bastante para que isso não aconteça”, afirmou a atleta de 34 anos.

O Mundial Paralímpico de Atletismo foi disputado por 1.315 atletas (incluindo atletas-guia) de 88 países. A competição ocorreu entre os dias 22 e 31 de outubro, em Doha, no Catar. A China terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas com 41 de ouro, 26 de prata e 18 de bronze, seguida da Rússia com 24 ouros, 21 pratas e 24 bronzes. A próxima edição do evento já tem local: Londres, na Grã-Bretanha, será a sede em 2017.

Medalhistas do Brasil nas provas de campo do Mundial de Doha
Ouro
Shirlene Coelho – lançamento de dardo, classe F37

Prata
Jose Humberto Rodrigues – lançamento de dardo, classe F54
Kelly Cristina Peixoto – arremesso de peso, classe F41
Raíssa Machado – lançamento de dardo, classe F56
Claudiney dos Santos – lançamento de disco, classe F57

Bronze
Jonathan Santos – arremesso de peso, classe F41
Claudiney dos Santos – lançamento de dardo, classe F57
Izabela Campos – lançamento de disco, classe F11
Elizabeth Gomes – arremesso de peso, classe F54
Jonas Licurgo – lançamento de dardo, classe F55
Marivana Oliveira – Arremesso de peso, classe F40