Faleceu o atleta Paulo da Silva, atleta cadeirante conhecido como Vovô. Infelizmente a comunidade parolímpica perde mais uma pessoa que participava do Esporte por prazer e por amor, no mundo de hoje que muitos tem utilizado o nosso meio para tirar aproveitar de alguma forma seja financeira ou material, tenho certeza que ele será mais uma pessoa que fará falta.
Segue abaixo mensagem do Fotolog de meu atleta Diego Madeira:
Eu tava pensando no que escrever ontem, já tinha deixado um ‘pequeno’ texto meio que pronto pra postar hoje, sobre a competição, sobre as risadas, os momentos em que deixamos de ser adversários para sermos amigos. De um ajudar a mexer na cadeira do outro, regular os eixos, apertar os parafusos, na hora da corrida desejar sinceramente “-Boa sorte”, na hora do pódio fazer ainda mais bagunça. Quando eu volto pro alojamento, vejo meu e-mail e recebo uma notícia no mínimo chata: “-O atleta Paulo da Silva faleceu vítima de um ataque cardíaco”.
Paulo [ou vovô, como chamávamos] era o corredor mais velho do nosso grupo. Sempre estava nas corridas, com bom humor, contando os ‘causos’. Ele morava em Florianópolis e defendia a cidade de Balneário Camboriu. Nas corridas em Santa Catarina sua família o acompanhava, era o máximo. Não era um exemplo de atleta em nível de resultados, mas impressionava pela idade, na casa dos 50 anos e ainda conseguia terminar uma maratona em menos de quatro horas, isso sem falar que corria porque gostava, porque se sentia bem, sem ter o compromisso de frequentar um pódio de três ou cinco lugares.
Não acredito que as pessoas vão pra algum lugar depois que morrem. Acho que elas ficam vivas no que constroem.
Parabéns Vô, e obrigado.
http://www.diegomadeira.net
P.S: ‘Vô era o apelido dele, e não o pai do meu pai, ou da minha mãe ok?
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